Educação Corporativa:
Seja você o protagonista da mudança
O jargão “Educação Corporativa”, tem se destacado muito nos últimos anos.
É a tradução do sonho de ter todas as ações de treinamento e desenvolvimento de pessoas, alinhadas com a estratégia da empresa e pensadas como um processo contínuo – e não mais como uma série de eventos.
As empresas que optam por esse tipo de prática, mudam o foco das suas áreas de treinamento.
O principal processo não é mais o de levantamento de necessidade de treinamento.
O principal produto não é mais o calendário anual de treinamentos.
Protagonista da mudança
Hoje, organizações de todos os tipos – associações, sindicatos, ONG’s – tem se preocupado em perpetuar o seu conhecimento, melhorar a performance de seus colaboradores, repensar a gestão do conhecimento de toda a sua cadeia de valor incluindo fornecedores, usuários, clientes, parceiros e até a comunidade onde estão inseridos.
O foco deixou de ser apenas o colaborador.
A grande mudança em curso no entanto, está no protagonismo desta mudança.
Nunca os gestores tiveram um papel tão decisivo na implementação de uma mudança organizacional como agora.
A minha percepção, em todos os projetos bem-sucedidos que presenciei, é que um personagem faz a diferença: você.
Você precisa ser o protagonista
Sim, alguém precisa iniciar esta mudança na organização, e se você parou para ler este artigo, provavelmente este personagem é interpretado por você mesmo, caríssimo(a) leitor(a).
A Saga da Educação Corporativa tem início com alguém “vendendo” a ideia para a alta direção.
Ah, esqueça a grande reunião agendada com 2 meses de antecedência, na sala da diretoria para todos os acionistas.
Vendendo seu protagonismo
A venda começa no elevador, no cafezinho.
Exercite o seu discurso de venda.
Crie uma narrativa que em no máximo 4 frases desperte em seus colegas e superiores o desejo da mudança.
A abordagem do tipo “eis aqui o grande projeto transformador”, ou vamos “criar a universidade corporativa” pode ser bacana e chamar a atenção no início, mas gera muita expectativa – e isto costuma se tornar um problema, quando cada um imagina uma coisa diferente.
Um bom exemplo para te ajudar a vender
Uma boa inspiração é o que fez uma colega de uma média empresa familiar.
Ela identificou os principais problemas de negócio dos 3 principais diretores da empresa e fez um exercício simples.
Tentou descrever como uma iniciativa de Educação Corporativa poderia apoiar cada desafio, depois criou sua narrativa para “vender” o projeto individualmente.
Ela criou uma matriz muito bacana que vou reproduzir aqui:
Diretoria | Problema / Oportunidade / Objetivo de negócio | Narrativa / Justificativa / Tese |
Comercial |
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Se pudéssemos ter certeza de que todos os vendedores conhecem nossas ofertas e sabem como fazer “cross-selling e up-selling” poderíamos ter menos visitas por cliente e aumentar o ticket médio dos pedidos. |
Produção |
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Poderíamos ter um processo de integração de novos colaboradores em formato digital, sem necessidade de esperar formar turmas presenciais, além disso, poderíamos repassar mais conhecimento sobre melhores práticas de produção, aumentando a eficiência do pessoal. |
Financeiro |
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Todos os colaboradores que fornecem informações para a área financeira – do compras ao comercial – poderiam ser capacitados para terem mais sensibilidade no trato das informações, sabendo qual impacto elas têm no fechamento e resultado final. Realizar parte das reuniões de forma on-line e alguns treinamentos via web poderia nos economizar muitas passagens aéreas… |
Com estas narrativas na ponta da língua, ficou fácil pra minha colega “vender” um projeto de Educação Corporativa.
Ela também não utilizou este termo, simplificou para “reestruturação da área de treinamento” e somente 2 anos depois de ter implementado esta reestruturação, mudou o nome da área…
Bom este é só um exemplo de como pode iniciar uma Saga. Uma inspiração.
Sua realidade pode ser totalmente diferente e aí é outra história… mas espero ouvir de você como ela vai continuar!